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Diploma Mérito Jornalístico "Braulio Mendes Nogueira"
Meus amigos Marcos Cerone e Fernando Evans da Equipe PONTE NEWS
Fui duplamente homenageado neste dia 01/06/17, no plenário da Câmara Municipal de Campinas ao ser agraciado com o Diploma de Mérito Jornalístico “Bráulio Mendes Nogueira”. Fui premiado pelos 40 anos de jornalismo em nossa imprensa e também por ser Diretor Financeiro da quase centenária Associação Campineira de Imprensa – ACI que também recebeu a honraria. Oportunidade rara de rever alguns dos profissionais que fazem um trabalho sério e responsável sempre com ética e transparência. Abraçar colegas que defendem ou defenderam o mesmo veículo de comunicação e outros que valorizaram nosso trabalho com uma concorrência sadia na busca pela notícia. A todos, parabéns, agradecendo também ao Vereador Carmo Luiz, Cláudio da Farmácia que proporcionaram-me este momento ímpar. Sentí-me honrado em ter meus amigos presentes e aqueles que por razões diversas não puderam comparecer ao evento, mas que se manifestaram durante toda a semana. A Mesa da sessão foi composta pelo presidente Paulo Hadad, vereador André Von Zuben e vereador Cláudio da Farmácia. Um breve currículo dos homenageados foi lido pela mesa e na sequência foram entregues os diplomas. Homenageados: Adriana Donadon, representando a ACI, Carlo Carcani Filho, Raquel Valli, Paulo Santana, Marcos Lucas Cerone, Caio Maciel e Roquemberg Duarte.
QUÍMICO VAI EM CANA POR INVENTAR GASOLINA MUITO BARATA!!!!
Homem que inventa a gasolina genérica e infinitamente mais barata que a original, acaba preso no Rio Grande do Sul. Um químico de 57 anos conseguiu simplificar o complexo processo de produção da gasolina e criou um genérico do combustível com preço infinitamente mais barato. Gilmar dos Reis, 57 anos, foi preso em flagrante no último dia 14 em Campo Bom, RS, acusado de ‘explorar o negócio’ sem autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Gilmar tentou disfarçar e disse que o produto, chamado de Solvex CG, era usado para higiene e limpeza. Agentes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) fizeram o teste em uma moto e ficaram impressionados: “O combustível apresenta elevada eficiência carburante tanto na baixa quanto na alta rotação”, definiu um especialista. A gasolina genérica seria uma mistura de metanol e solventes, com um processo de produção ainda desconhecido. “Impressionante. Chega com o tanque vazio, coloca aquela gasolina e sai andando normalmente. Estávamos diante de um ‘professor pardal’, que conseguiu criar uma fórmula sem o petróleo como matéria-prima”, disse um delegado de polícia que acompanhou a operação que culminou com a prisão do químico.
Roquemberg Duarte
Há muito que encaro o futebol de maneira profissional, desde quando comecei como repórter (final da década de 70) nas transmissões feitas pela Rádio Brasil de Campinas, dos jogos do Amador, chamado na época de Desafio ao Galo, trabalhando em partidas nos sábados à tarde e nas manhãs de domingo na Praça Argemiro Roque, mais conhecida como Praça do São Bernardo que amealhava um bom número de torcedores fiéis que iam torcer ou simplesmente se divertir ou admirar a pureza de nosso futebol varzeano. Falando mais poeticamente, cada atleta fazia questão de colocar a sua paixão, o seu amor incondicional nas pontas das chuteiras, duras mas leais mesmo nas jogadas mais viris. O brasão, as cores das camisas eram defendidas como a mulher amada, não dando espaço para qualquer dúvida. Cada jogo era disputado como se fosse uma final de campeonato, e aos vencedores e perdedores, aquelas rodadas de cerveja acompanhadas de muitas salsichas em conserva, empanadas ou mesmo daqueles ovos cozidos, que depois de alguns dias na estufa, insistiam em mudar de cor. Olhos mais cobiçosos preferiam sempre as grossas fatias de torresmos que faziam um casamento perfeito com aquele cálice de Cynar, Cinzano, conhaque ou de aguardente, piores que praga de sogra. Talvez não muito pior que uma marca popular de vinho que as más línguas diziam ser ideal para pintar cabo de vassouras. Espetáculo digno de um boteco xexelento de periferia, ponto de encontro das bebemorações de alegrias ou de tristezas e que regavam comentários, zombações e até discussões que sempre terminavam em troça com a cara alheia. Tudo era motivo para festa, de festa e não havia lugar para o politicamente correto. Pura diversão ou digressão como dissertavam os ébrios filósofos de plantão.
Os adversários, bem como horários e locais eram respeitados, bem como a maioria dos árbitros. Uns poucos, devido à fama, às vezes tinham de sair do local da partida de carona em um camburão (Veraneio vermelha e preta) da Polícia Militar ou mesmo correndo, com alguns torcedores mais exaltados atrás. Causos que enriqueciam as estórias (hoje esquecidas) que se espalhavam pelos campos de terra batida, fazendo parte do folclore de nosso futebol amador.
Tive o privilégio de viver um rico período de nosso futebol, bem como trabalhei e ainda trabalho no futebol profissional, nacional e internacional. Vivi mais de 15 anos no Exterior e tive contato com muitas realidades, inclusive do mundo do futebol. Confesso que hoje, para sair de minha casa para assistir a uma partida de futebol em um estádio, se não for a trabalho, não vou. Talvez a experiência somada de todos estes anos me permita esse direito, aliado ao discernimento mais aguçado do certo e do errado, tanto no campo de jogo como nos bastidores. Aprendi muito como setorista de clubes, repórter de campo, com cartolas, com jogadores (craques e pernas de pau) bons e maus dirigentes, com a bola rolando e com as nuances dos bastidores do futebol. É sabido que nosso combalido futebol precisa ser repensado, mas não pelo caminho que ora se mostra, através de ligas viciadas, criadas pelas mesmas pessoas que afundaram esse esporte. É preciso oxigenar, profissionalizar esse esporte de massa que se mostrou e se mostra altamente rentável, mesmo com os costumeiros desmandos e sangrias que sofre diariamente. Colocar profissionais na organização dos campeonatos e criar situações e atrações que contemplem os torcedores, a começar pelos seus direitos, produzindo realmente espetáculos condizentes a preços acessíveis, subsidiados por empresas seriamente comprometidas com o marketing profissional.
Será que um dia poderei sentar-me na arquibancada de maneira despreocupada e sem pensar em violência, para assistir a um campeonato sério e quem sabe, intercontinental? Sonho com o dia de ver os times de Campinas enfrentando equipes norte-americanas dos Estados Unidos, Canadá e México, ou mesmo participando globalmente de campeonatos europeus. Acho melhor parar com esses meus devaneios, senão acabo caindo da cadeira de onde piloto meu computador. Roquemberg Duarte
O sol insistia em penetrar pelas frestas da janela, oferecendo gratuitamente seu calor convidativo de mais um domingo. Mas este, lógico teria de ser diferente por causa de umas benditas berinjelas. Eu explico, se é que existe uma explicação lógica para alguns surrealismos que cruzam nossos caminhos.
Como manda a tradição brasileira, o bom churrasco tende a brilhar como a estrela do dia, reunindo amigos e inimigos em torno de um mesmo fim comum... saborear os pecados e as delícias da carne. Passando pela tragicomédia de acender a churrasqueira, uma saraivada ababelada de palpites dos considerados pais da matéria, mas que nunca puseram em prática suas teorias e que ao menos foram testadas, mas defendidas com unhas e dentes por aqueles ansiosos carnívoros de plantão.
Tudo transcorria na mais perfeita ordem, decretada pelos organizadores do encontro carnal, regado a uma orgia etílica arraigada e desregrada de alguns já alterados "haltero-copistas" de plantão. Nada que não vira antes ou que fuja aos padrões considerados normais neste tipo de situação. Até aqueles sucessos musicais, de gosto pra lá de duvidosos, rolavam sem censura pelos cantos da confraria, parecendo embalar ainda mais os já embalados e animados atletas de alcovar, os bate-copos de fim de semana. A coisa caminhava em passos lentos até a chegada de um casal de convidados. Ela, dentro de uma precisa e calculada lógica, desculpe-me o trocadilho, de uma exímia professora de matemática, colega de trabalho, chegou contando patológica e digitalmente os passos, conferindo sua performance junto ao relógio que balançava em um de seus pulsos, bêbado de suas constantes e inúteis aferições. Distribuindo cumprimentos e afagos, Cláudia, nome fictício, claro, se espalhou pelo local, juntando-se aos membros da impagável confraria. Minutos atrás de si, seu marido Patrício (nome verdadeiro, incrível, mas verdadeiro), com uma cesta às mãos e cara de intelectual de curso à distancia não reconhecido pelo MEC, adentra ao ambiente, cumprimentando a todos mais timidamente. Mais tarde iria descobrir a razão de toda essa sua timidez.
Mais gente chegando e o quadro se desenhando, festa cada vez mais animada, quando o caldo pareceu desandar, o angu começou a encaroçar. Em festa democrática a churrasqueira costuma ser pilotada por vários experts de plantão, que alardeiam aos quatro ventos suas qualidades de chefs, não reconhecidos nem pelas próprias mães. Bem, não importa a competência do piloto do momento, e sim o escoamento de sua produção, a carne, seja bem ou mal passada... de mãos em mãos.
Numa dessas trocas de comando na churrasqueira, eis que assume Patrício. Meu senso observador me indica que ele estava ali, estratégicamente, aguardando este momento único, uma vez que o piloto estava mais preocupado em descarregar sua bexiga, afogada pela quantidade descomunal de líquido virado goela abaixo. Essa era a hora, e uma voz pastosa e desconexa, grunhe ao fundo:
- Ô zzzientista... hic, capricha aí no churras, hic, que hoje é zó alegria... e na dificuldade de concatenar os pensamentos, tasca esta:
- Tem mais... mais, hic... coisa na geladeira, a casa é zua, hic ! Talvez tenha exagerado na permissão. Sem responder nada ele se abaixa à cesta, e senhor da situação, começa metodicamente a distribuir pela grelha da churrasqueira as metades cortadas, milimetricamente, das berinjelas e abobrinhas que trouxera. Alheios, os convidados disputavam as bandejas, ainda com carne, muita cerveja e aquela zoada a que muitos chamam de música.
Abrindo um parentes, penso cá com meus botões que tem gente que adora causar e provocar confusão. Pobre é que nem papel higiênico, quando não está na merda está no rolo. Tinha de dar no que deu. Porra! Tinha de ser um anãozinho, o único do evento e da cidade, um carnívoro convicto. O protagonista parou diante da churrasqueira de mãozinhas curtas na cintura, inquiriu o autor da proeza:
- Meu camarada que estória é essa de colocar uma porção de berinjelas e abobrinhas na grelha! Acabou a carne!! Isso aqui não é churrasco de boiola, de vegetariano fresco e mal resolvido! Vim aqui pra comer carne, emendou o pouca sombra, senhor de si. Talvez o que tenha deixado o reclamante mais nervoso foi o total descaso com que sua reclamação foi ignorada, talvez por seu tamanho. Patrício simplesmente virou as costas e não se fez de rogado e continuou em sua saga de assar berinjelas e abobrinhas em pleno churrasco de ogros sedentos por carne. E ele não estava sozinho, pois sua amada esposa, mesmo a uma distancia razoável o olhava com satisfação e até uma ponta de orgulho, não tirando os olhos também das berinjelas, quase prontas. O som estava tão alto que ninguém notou os gritos inconformados do anãozinho e toda sua revolta contra as berinjelas.
Patrício se abaixou e disse calmamente para o revoltoso: - O senhor quer um pedaço de berinjela ou de abobrinha!! Nunca que o pequenino deixaria passar essa oportunidade de ouro, e numa atitude puramente canibalesca, tascou um tapaço no escutador de música clássica do pseudo. Quando em condições normais o anãozinho conseguiria acertar a orelha do grandão, e além do mais a vida é feita de oportunidades. A esposa, vendo seu partner levar cacete de um cara que tinha a metade do tamanho do incompetente e que parecia um pepino com TPM, partiu para cima do anãozinho e com destreza fora do comum lançou o pobrezinho que usava uma camiseta polo verde para dentro de uma piscina. Um perfeito voo do Besouro Verde. O pequeno puto não sabia nadar e isso ninguém sabia, só ele, talvez morresse com o segredo. Enquanto o pessoal se divertia com o inusitado stand-up, o coitado se debatia e o pessoal vibrava com as ações performáticas do anão que parecia o Tarzan brigando contra gigantes crocodilos, mas que já estava entregando os pontos.
Como desgraça pouca é bobagem e um dos mais bêbados e metido a salva-vidas, tirou o pequeno da água, já desacordado. Alguns choravam a morte do anão e outros felizes, discutiam que roupa usariam no enterro, pela primeira vez, de um anão... ah! Sim. Todos se espalharam por volta da piscina, mas o salva-vidas, tomado pela coragem etílica não se fez de rogado e caiu no boca a boca com o anão, aos gritos da galera: Isso ainda vai dar casamento!!! O anãozinho recobrou a consciência, e se debatia, mas o cara não saía de cima dele. Não teve dúvidas: - Deu um bote certeiro nas bolas do salva-vidas, que travou na hora ao perder o fôlego, com a vítima aos berros: - Vai beijar a bunda da sua mãe seu corno, viado! A geral caiu na gargalhada, até que um, aliás sempre tem um, perguntou:
- Meu brother, porque pulou na piscina, mesmo sendo pra crianças, se não sabe nadar. E o anãozinho, ainda cuspindo água, apontou para sua algoz e disparou: - Foi aquela puta que me jogou aqui... ela tentou me matar porque acertei a orelha do marido dela, aquele vegetariano fresco. Os que ainda estavam sóbrios, se esforçavam pra entender os motivos da desavença que quase culminou no fim do pequenino. Ele quase tinha embarcado pro andar de cima melhor por causa de uma berinjela! Uma berinjela ia estragar um churrascão de domingo!! O anfitrião da festa resolveu interferir para que o caldo não desandasse de vez. Sugeriu que mais carne fosse servida a todos e que colocassem uma pedra sobre o acontecido e que todos voltassem às delícias da carne. Mas que carne! A grelha só tinha berinjela e abobrinhas. A coisa encaroçou quando uma pirralha, de forma inocente indagou à mãe: Neste churrasco só tem berinjelas! Todos, sem exceção voltaram à grelha e ficaram estáticos. Até que uns arranca-rabos de vez em quando, passavam, bater em anão também era aceitável, mas assar berinjelas e abobrinhas na grelha sagrada do santo churrasco soava, não só como um sacrilégio, mas um afronto, mais que uma provocação de mal gosto. Um churrasco de abobrinhas e berinjelas! Isso além do desrespeito era uma falta gravíssima e os responsáveis receberiam o que merecessem.
Ao perceber um certo grau de animosidade acentuado, Patrício procurou sair à “la francesa”, meio de soslaio, uma vez que sua mulher já tinha abandonado o barco. Quando ouviu do dono da casa: - Vou enfiar esta berinjela no rabo do filho da p... e outros gritaram enfurecidos... não esqueça da abobrinha também!
Com o frio percorrendo sua espinha, começou a correr desesperadamente sem olhar pra trás pelo período de meia hora de maratona. Até hoje não sabe em que parte da corrida perdeu seu tênis de estimação e reencontrou com sua mulher depois de dois dias. Depois do tremendo susto, mas isento de culpa alguma, uma vez que o anfitrião não era assim um grande amigo, apenas amigo de um amigo que os convidou.
Depois de passado o quiprocó, e no último pingo de sobriedade que ainda me restava, cheguei à míope conclusão de que berinjela deve e pode fazer mal a saúde!
Roquemberg Duarte
Ainda na dúvida, se movido pela fé, promessa ou por um comprometimento espiritual maior, a verdade é que ousei me aventurar lá pelos idos de Aparecida e fazer uma simples visita à Nossa Senhora, com justiça, a padroeira do Brasil. Viagem insana, se realizada em um domingo e vou tentar explicar os por quês... contabilizando que eu e mais umas trezentas mil pessoas tivemos a mesma ideia de ir ao Santuário, um dos maiores da América Latina, a coisa bombou!!! De pé e com o terço nas mãos desde as primeiras horas da madruga, à espera da condução fretada para o passeio religioso. O terço, que poderia ser um sinal de fé, na realidade era um quarto de reza pra reforçar a guarida pedida por todos à santa, pois, tanto o motorista como o veículo eram desconhecidos, e vai que.... mas agradecemos à santa o veículo novo mandado e dirigido por um normal motorista.
Frio e chuva completavam o quadro dantesco da viagem rumo ao Vale do Paraíba... e lá fomos nós, meia dúzia de fiéis compromissados com a santa, uns, portadores de pedidos e outros, de agradecimentos. Aliás, valentes escudeiros, pois mais de 50% dos acertados, nem apareceram para a viagem e nem deram satisfação à santa, já acostumada a essas agruras de última hora. Depois de três horas de ansiedade transformada em cochilos, a primeira torre do Santuário foi avistada e poucos minutos depois os pés ganharam terra firme junto com o frio que insistia em nos acompanhar até o interior do templo.
À medida que a missa da hora se aproximava, a multidão se acomodava, ou tentava se preparar para o culto. Com o início da celebração, todos os espaços existentes no interior foram literalmente tomados pelos devotos e até sem votos, mas alguns filhos de Deus, no firme preceito de que a fé move montanha, faziam jus à escrita e transitavam de um lado para o outro, talvez tentando um melhor lugar no agora recinto lotado, ou realizando um proposital e penoso exercício penitencial, testando a cada momento a paciência dos demais. Nessa acomodação da massa, eu que estava perto de uma das colunas quase ao lado do altar, fui parar, espremido numa parede de fundo, do lado oposto, entre uma senhorinha fanha e um bêbado, isso ás sete da matina. Talvez o pobre coitado tenha entrado na Basílica por engano ou pegado a excursão errada, vá saber... e eu ali entre a devoção indecifrável da vozinha que mais parecia um locutor indiano em rádio com a pilha fraca e as elocubrações ébrias, acompanhadas de acre cheiro de engenho abandonado. A vida por um prendedor de narinas. Pensei até em recorrer a uma especialista em Libras pra traduzir a reza dos dois, mas desisti quando iniciou-se a cantoria. Um senhorzinho, quase ao meu lado, desmaiou mas não chegou ao chão por falta absoluta de espaço, registro inédito de um inconsciente que permaneceu em pé, escorado, até ser socorrido por uma cadeira de rodas, trazida pelo pessoal de apoio.
Depois de muito empurra – empurra, finalmente o lado externo do templo despontou radiante aos olhos, mas a saga estava somente começando. Uma caminhada pela passarela rumo à igreja antiga de Aparecida, que outrora reunia esforçados lambe-lambes na disputa pelos clientes no melhor ângulo da pioneira igreja de Aparecida. Hoje, aposentaram as velhas câmeras e desfilam com suas máquinas digitais de revelação instantânea, contrastando com o saudosismo que permeia somente nas memórias recordadas pelos mais vividos.
Ir a Aparecida e não acender uma vela é o mesmo que ir a Roma e não ver o papa. De acordo com sua promessa varia o tamanho da parafina que pode ser acesa somente na capela das velas. Para não destoar dos demais, adentrei ao local com uma vela de razoável tamanho, tradução de minhas dívidas para com a santa. Acendi e iniciei minhas orações, uma profunda conversa com a Cidinha, quando fui interrompido por um anão. Ele:
- Ô grandão, dá pra colocar minha vela aí no queimador Percebi que era muita vela pra pouco anão, mas dívida é dívida e a dele deveria ser enorme, mas ninguém tem nada com isso. Com vontade de jogar a vela e o anão pra longe, pacientemente atendi seu pedido. Voltei as minhas orações e o pouca sombra me interrompeu de novo:
- Hei, pega minha vela de volta cara, pois vou colocá-la do outro lado onde não tem nenhuma, pois quem não é o maior tem de ter mais visibilidade... visibilidade sei. Saiu e nem agradeceu... o folgado tampinha com sua vela, um verdadeiro “alto com um traste”. Quando estava finalizando minhas orações e agradecimentos escutei....Heeii, aí não pode colocar velas. Percebi o anão chato voltando para meu lado e com a vela acesa, mas antes, por quase obra do destino, o pouca sombra chamuscou os cabelos de uma jovem e deu um princípio de corre-corre. Aproveitei a pequena confusão e sai depressa desculpando-me com a santa por terminar minhas orações já do lado de fora da Basílica. Como jornalista já imaginei a manchete do tablóide local: “Anão terrorista tenta queimar fiéis com vela de metro!” Anão deseducado e mala ainda por cima ninguém merece, um smurf foragido do filme. Bem... ele que se entendesse com a santa pois meu lado já estava resolvido.
Promessa cumprida... e um merecido passeio pelo centro da cidade, transformado e um imenso formigueiro humano onde pra se deslocar é preciso seguir o fluxo. Barraquinhas com produtos “chinados” e bonés da hora, da Tailândia, que até combinam com um belo par de tênis da Nike, montado no bombado Afeganistão ou no pacato Vietnã, coisas dos Tigres Asiáticos.
Com a fome pedindo passagem e insultando o estomago, achar um bom lugar pra almoçar se tornou missão impossível. Cada birosca se apresentava mais nojenta que a outra e mergulhar de cabeça num destes self-services é se entregar para o inimigo ou testar toda sua fé na santa. Aliás, biroscas da cidade de Aparecida e o serviço sanitário... um não sabe que o outro existe, e não ser contemplado com uma eficiente diarréia, só por milagre. Mesmo confiando na minha santinha, preferi arriscar minhas fichas em uma padoca onde fiz um rápido e fulminante break-fast que despachou a fome para o lado de lá do Rio Parnaíba.
E a saga continuou pelo verdadeiro formigueiro humano presente à feirinha que se espalhava pelas ruas centrais e adjacências daquela cidade santa. Destaque para as barraquinhas de CDs, DVDs, de gosto no mínimo duvidoso, que transformava o paupérrimo pop-brega repertório da Banda Calipso em consagrados sucessos de músicas clássicas. De arrepiar até alma de surdo, uma das músicas tinha uma estrofe no mínimo inusitada, o cantor esguelava: - Minha mãe é vaca... minha mãe é vaca... minha mãe é vaca.... pensei: - somente tendo um par de chifres estéreo, pra cantar uma merda daquelas. Veio o estalo, essas músicas, na verdade, são dotadas de letras contendo mensagens subliminares de meta-neurolinguistica, uma clara e conspiratória incursão terrorista, liderada pelo anão da Capela das Velas que tinha por objetivo sequestrar a Santa e saquear toda a cidade com sua especializada quadrilha de desalmados anões sanguinários, exímios mergulhadores de aquário, agentes infiltrados em jardins de infância, disfarçados de jogadores de pebolim e descendentes daqueles que traçaram, na casinha da floresta, a depravada da Branca de Neve. Em minha “neuras”... e sob ameaça de um engendrado ataque de experts nanicos, mais que depressa reuni minha cambada e demos o fora da área de complô. Pelo sim ou pelo (a)não, próxima visita somente no ano que vem, isso se o pequeno pseudo-terrorista não tiver sitiado e vendido o local.
Roquemberg Duarte - Jornalista e Escritor
TESTE SUAS HABILIDADES MUSICAIS
https://www.bgfl.org/bgfl/custom/resources_ftp/client_ftp/ks2/music/piano/index.htm
CONSPIRAÇÃO DA NOVA ORDEM
Minha acidez é facilmente explicável, pois na minha modesta e irrisória opinião, a burrice está se tornando uma coisa contagiosa, que começa com uma simples e letárgica urticária, evoluindo para a apatia crônica por novos conhecimentos e total ausência de curiosidade que estimula e instiga toda sabedoria. É o surgimento de uma Nova Ordem conspiratória que deverá subverter o mundo. Ela está descortinando novos fatos e facetas até então veladas nas penumbras da inobservância. Leia e reflita:
“Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio”, uma afirmação de tão profunda, fez o químico francês Antoine Lavoisier, criador da química moderna, revirar na cova. Talvez, antes dele identificar e batizar (e não inventar) o oxigênio, o ser humano só conseguia respirar pelas orelhas e talvez por isso, acabou sendo condenado à morte pela guilhotina junto com o médico, também francês, Joseph Ignace Guillotin... foram “decapitulados”. Teriam sido flagrados em operação conjunta roubando boa parte do oxigênio do mundo, com pretensão de vendê-lo para os habitantes de Marte. Ainda bem que esse plano foi descoberto a tempo. Também ninguém mandou o Guillotin, um epônimo, ressuscitar e aprimorar a quilhotina, já esquecida em um canto qualquer.
Talvez essas elocubrações da Nova Ordem tenham origem no nervo ótico que insiste em transmitir idéias luminosas ao cérebro que afirma que o vento nada mais é que uma grande quantidade de ar e que o terremoto é um insignificante movimento de terras não cultivadas, desde o tempo dos egípcios que desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor, entendeu! Aliás, idéia que foi afanada de Marco Polo, conhecido mercador e explorador que foi um dos primeiros ocidentais a fazer a chamada Rota da Seda. Uma das hipóteses mais aceitas indica que Marco Polo, convidado de um dos faraós, encheu a cara de vinho durante uma orgia macarrônica, acompanhada de muito sorvete e acabou dando com a língua nos dentes e revelando o segredo da arte funerária para uma velha múmia, penetra da festa. Todos sabemos que as múmias são profundas conhecedoras da anatomia e quando os egípcios viam a morte chegando se disfarçavam de múmia.
Em uma de suas conhecidas viagens, Marco Polo quase entrou em depressão ao se chocar com a notícia de que em Esparta, as crianças que nasciam mortas, eram barbaramente sacrificadas. Revoltante!
Seria devaneio do veneziano ou fruto de uma intensa convivência com deus Baco que sempre defendeu que a principal função de uma raiz é se enterrar, fugindo do sol que dá luz, calor e turistas. Vivia chumbado mas não dispensava uma boa música de harpa... aquela asa que toca. Mas isso não passa de lenda que nada mais é que uma narração em prosa de um tema amplamente confuso.
Foi Marco Polo o defensor de que o petróleo apareceu numa época em que os peixes se afogavam dentro d’água e que os crustáceos, respiravam como podiam fora da mesma. Em uma de suas épicas anotações de viagem definiu muito bem a diferença entre um animal e um vegetal: o vegetal só respira à noite e que hermafroditas são humanos que nascem unidos pelos corpos. Com certeza Darwin consultou algumas dessa notas na formulação de sua Teoria da Evolução, tornando a Terra um dos planetas mais conhecidos do mundo. Foi dele também a definição de Geografia Humana: aquela que estuda o homem em que vivemos.
Estava me esquecendo, Marco Polo morreu de malária, adquirida no Alaska, através de um afegão, primo-irmão do pai de Osama Bin Laden, criador de animais ruminantes, aqueles que se distinguem dos outros por comer por duas vezes e que defendia a idéia de que todo animal irracional não tem água pra beber e só consegue sobreviver se for empalhado. O primo-irmão também defendia com unhas e dentes de que o coração é o único órgão de nosso corpo que não deixa de funcionar 24 horas por dia... profundo! Aliás, foi encontrado em suas anotações que insônia consiste em dormir ao contrário. O batismo é uma espécie de detergente do pecado original e que toda prosopopéia é o começo de uma epopéia, um sábio hermitão que mantinha ricos e profundos diálogos com suas cabras montanhesas. Ele pregou até sua morte que a fé é uma graça através da qual podemos ver o que não vemos e que o ateísmo é uma religião anônima. Defendia que com a morte de Jesus Cristo, os Apóstolos continuaram sua carreira e que os pagãos não gostavam quando Deus pregava sua doutrina e tinham a idéia de eliminá-lo.
Mas a Nova Ordem atribue também a Charles Darwin, nas pesquisas de campo, mais algumas derradeiras definições:
- A Biologia é o estudo da saúde e para beneficiá-la, o Dr. Fontoura inventou o biotônico. O parasitismo se consiste no fato de um não trabalhar e viver dando “mordidas” nos outros, de dinheiro, cigarros e outros bens materiais. Segundo o inglês, a Ecologia nada mais é que o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons. E os antibióticos, segundo sua teoria, são remédios que os médicos receitam para liquidar com a febre dos doentes, mas muitas vezes liquidam com os coitados. Assexuada é a pessoa que não está nem do lado de cá e nem do lado de lá. Para Darwin a Trompa de Eustáquio era um instrumento musical de sopro, inventado pelo grande músico belga Eustáquio, de Bruxelas. Ele também foi o inventor do “solo” no qual tocava sozinho nas apresentações enquanto que os outros músicos só escutavam.
Segundo a Nova Ordem, o cientista inglês, físico, matemático, astrônomo e alquimista (putz!) Isaac Newton foi o autor da afirmação de que as constelações servem para esclarecer a noite e classificou de nascente onde o sol nasce e decente onde ele se põe. Newton foi quem descreveu a lei da gravitação universal, fundamento da mecânica clássica. Mas, ele ficou famoso por ser um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus. Durante suas experiências de campo descobriu que a evaporação é quando a água que colocamos num copo aplica o verbo reflexivo "se mandar". Também conseguiu provar cientificamente o Princípio de Arquimedes: todo corpo mergulhado na água, sai completamente molhado.
Com relação à conhecida queda da maçã, há controvérsias, pois segundo o que se apurou, o que caiu na cabeça de Newton não foi uma maçã, mas sim uma jaca, responsável por sua prematura morte. Foi dele também a frase de que as glândulas salivares só trabalham quando a gente tem vontade de cuspir e que a respiração anaeróbica é a respiração sem ar (hein?) que não deve passar dos três minutos... magnífico! Outra de suas discutidas teses afirmava que inseminação artificial acontece quando é o fazendeiro quem fecunda a vaca, ao invés do touro e que o cuco nunca bota seus próprios ovos. Aliás, Newton deixou um importante legado à humanidade ao rascunhar um guia prático para a ciência moderna:
- Se se mexe, pertence à biologia; Se fede, pertence à química; Se não funciona, pertence à física; Se ninguém entende, é matemática e se não faz sentido, é psicologia!
Outro que fazia parte da Nova Ordem era o filófoso Sócrates, grande pensador grego que deixou sua rica contribuição para a humanidade:
Segundo ele e a Ordem, a leitura é feita para aqueles que não gostam de escrever; O objetivo de toda Sociedade Anônima é ter fábricas desconhecidas; Antes de ser criada a justiça, todos eram injustos; Hitler, apesar de tudo, era um grande extrativista; Para o pensador grego, a maconha deve ser proibida quando há flagrante e quando dois átomos se encontram, dá a maior merda; A previdência social assegura o direito à enfermidade coletiva; O caráter sexual secundário são as modificações morfológicas sofridas por um indivíduo após manter relações sexuais.... ual!!!
Sócrates depois de uma longa conversa com Leonardo da Vinci em um destes botecos da Itália e que terminou em pizza, divulgou um compêndio futurista sob forte influência etílica e de Da Vinci, mas de grande valor histórico, de extrema vanguarda, sobre a TV: Esse estranho e atraente aparelho, pequeno ou grande, possui elevadíssimo grau de informações, tornando o homem viciado, portanto se torna um consumo que devemos consumir para nossa formação e deformação.
Se ela estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada, não.... ela deforma, além das cabeças, os sofás, por motivo das pessoas ficarem bastante tempo “intertida”. Ela também deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral. A TV passa para todos que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças. Sempre, ou quase sempre, a TV está perto de “nosco”, fazendo que o “tele inspectador” solte o seu lado obscuro. É um meio de comunicação, audição e porque não dizer de locomoção... ela é o oxigênio que forma nossas idéias, por isso arrisco a dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens. Estamos nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso. Outra constatação grave é de que as informações trazidas pela TV é pacífica de falhas, apesar de levar fatos a trilhares de pessoas. Ela pode ser definida como uma faca de três gumes: Ela tanto pode formar, como informar, como deformar... aff!!!
Depois de divagar pelos vales taciturnos da tortuosa e mundana sapiência desta Nova Ordem, ouso afirmar em alto bom som: O Brasil é um país abastardo com um futuro promissório, onde o maior matrimônio é a Educação, sendo que os analfabetos nunca tiveram chance de voltar à escola.
Roquemberg Duarte
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Aconteceu dia 29 de maio, a I Corrida e Caminhada contra a Pedofilia na cidade de Piracicaba que teve a iniciativa do vereador Paulo Henrique e a organização da Gaia Esportes & Saúde de São Paulo. A locução de evento foi Roquemberg Duarte que entrevistou o atleta Marilson Gomes tri-campeão da São Silvestre e bi-campeão da Maratona de Nova York. Passaram ainda pelo crivo do entrevistador os deputados federais Antonio Bulhões, Otoniel lima e o deputado estadual Sebastião Santos.
Dep. Est. Sebastião Santos falando sobre o combate à pedofilia
Pórtico da corrida
AQUELE ABRAÇO!!!!!
RIO - O Cristo Redentor "fechou" os braços, num abraço simbólico ao Rio de Janeiro, na noite da última terça-feira.
O efeito - uma ilusão de ótica provocada por projeção de luzes e imagens - faz parte da campanha "Carinho de Verdade",
de combate à violência e exploração sexual de crianças.
Para simular o abraço, o cineasta Fernando Sales usou oito projetores, que cobriram a estátua com imagens do Rio, como
sobrevoos de asa-delta, as florestas e até mesmo o trânsito. Ao som de Bachianas Brasileiras n.º 7, de Villa Lobos, e com
animação em 3D, a estátua parece fechar os braços.
https://www.youtube.com/watch?v=2STmHsZiUr4&feature=player_embedded
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O mundo ganha com a morte de Osama bin Laden
Que mundo é este onde mães abandonam seus filhos, descartando-os em simples latas de lixo, onde a vida vem sendo cada vez mais banalizada, onde os próprios limites são ignorados em relação ao próximo, e onde o egoísmo sufocou o pensamento coletivo. Onde a violência fincou suas fortes raízes, estreitando os espaços da liberdade. Todos estão mais preocupados com seus próprios umbigos e o semelhante de caminhada passou a ser um estranho, um concorrente, um inimigo. Entronizado, o desrespeito tornou-se o grande predador da educação que a cada dia vai se perdendo nos ralos do progresso e da evolução da raça. O ser humano passou a ser a sua pior doença!!!!
Roquemberg Duarte
Entrevistando jogador ZICO
Medalha Carlos Gomes por trabalhos sociais
Bem vindos ao meu site que traz variedades,curiosidades, crônicas,
humor, e um pouco de meu trabalho social e voluntário.
Roquemberg Duarte
Acompanhe meu trabalho de Jornalista e Radialista na Rádio Digital FM - 106,1 (Campinas), e na Web Rádio e Web TV do site Esporte Multimidia
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