Rádio Taquarall sempre ligada em você!
Com a banalização da banalização, o bizarro espetáculo, que antes provocava perplexidade, ficou torpe, otimizando espaços para o desalento que afoga uma possível reação diante da cotidiana falta de transparência. O grande circo segue aos passos de um lento paquiderme, sem pressa alguma, expondo teatralmente as falcatruas e nuances vistas à meia-luz e em meio-silêncio que já não incomoda tanto como outrora.
A solidão dos honestos, teima em nadar contra a correnteza poluída da corrupção e da violência que avançam numa sanha avassaladora devorando os anseios de quem se opuser aos seus caminhos. O contribuinte, como sempre, nunca convidado para as festas do salão principal, só é convocado para pagar a conta desta gigante casa e seus estratégicos labirintos por onde se perdeu há muito a saudosa e irreconecível transparência. Transparência esta que virou palavra banalizada e vazia, desprovida de sabor, peso ou mesmo cor.
As coxias precisam ser limpas e abertas ao respeitável público que também deveria participar mais, aplaudindo, reagindo e renegando o caos destes grotescos espetáculos de marionetes. O chão deste palco necessita de expurgo urgente, banindo atos deprimentes, valorizando um pouco mais a ética que anda envergonhadamente recolhida ao dicionário.
O público tem o dever de escancarar, de participar, de escolher mesmo que no folhetim o que quer ver, sem que ninguém lhe imponha uma nota sequer. Chega de aplaudir sem mesmo entender nada do que se passa.
Sabemos que a Educação eficiente leva tempo e que tem de ser talhada com calma, inteligência e muita vontade de mudar. Esse é o passo inicial rumo à consciência de um caminho melhor para os nossos filhos.
Roquemberg Duarte – Jornalista e Escritor
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————