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Barbudo Pacheco descobriu o Brasil!
Se perdeu e veio parar nas costas brasileiras? Pura balela, conversa fiada pra boi dormir, de toca, ainda por cima. Conversinha pra português puxar carroça e espanhol engolir sapos, isso sim! Até os índios sabiam das bravatas do luso rei D. João II. Os espanhóis mesmo sabendo da esperteza lusa, tiveram de abaixar as orelhas, pois não tinham naus suficientes pra uma guerra com seus vizinhos e nem para uma eficiente expansão marítima.
Bem, a descoberta de nosso país tupiniquim começou a ser desenhada em 1492 quando Portugal e Espanha, parceiros comerciais, tentavam achar outro caminho para as índias que não fosse por Constantinopla (hoje Istambul), que ficava num estreito denominado sugestivamente de Corno de Ouro de um lado e o Mar de Mármara do outro, separando o lado Ocidental do Oriental. Estava nas mãos dos turcos, apesar dos chifres, sempre mais espertos que portugueses e espanhóis. Dizem que a denominação ganhou força depois de um trabalho em conjunto com engenheiros provenientes da Cornualhia, Grã Bretanha, vá saber... Talvez tenha funcionado por lá o primeiro clube de cornos de toda a estória, estória essa que começou com os temíveis vikings que espalharam e levaram seus chifres pelos quatro cantos do mundo, e com a aprovação de Odin que tinha dois elmos, um com asas e outro com chifres, vá entender essa mitologia.
Mas, voltando à turcaiada, esta resolveu endurecer no pedágio e cota para os europeus ficou bem salgada e inviável, obrigando castelhanos e portugas a pensarem cá com teus botões em uma maneira de resolver a importação das mercadorias das Índias, sem desembolsar cifras astronômicas.
Bom se não pode ser por terra, quem sabe não ir pelo ar? Mas, de que forma? Se naquela época nem se pensava em aviões. Ah! Mas um esperto gajo da corte portuguesa, coisa rara, até que tentou, em vão contatar o ítalo Leonardo da Vinci que a pedidos de sabe lá de quem desenvolveu uma geringonça parecida com um helicóptero. Tinha até uma opção mais barata, um modelito parecido com o Zeppelin, um tanto mais lento é verdade, mas que poderia carregar mais mercadorias. O contato ficou somente na vontade porque da Vinci, impossibilitado de negociar com os portugueses seus projetos, e até mesmo mostrar seus protótipos. Ele estava meio encrencado com a turma quente da Santa Inquisição, tendo que dar mil e uma explicações aos representantes da Santa Fé de Deus, correndo perigo de ser jogado na grande fogueira juntamente com todos seus projetos, considerados uma heresia. Léo, como era conhecido pelos mais íntimos, estava a um passo de virar churrasquinho. Estava na alça de mira do poderoso inquisidor espanhol Torquemada e tinha de livrar a própria pele. Também tinha de acabar de pintar o quadro da dona Lisa Del Giocondo que posteriormente ficou conhecido como Mona Lisa. Outro reparo urgente: fazer um retoque em um dos apóstolos da “Última Ceia” que ficou um tanto afemininado... Sua sorte foi que nenhuma autoridade da Igreja de Deus na época, se atentou para o detalhe que passou despercebido e pelo visto não foi “arrumado” até hoje. Também tinha de entregar a Temudjin, mais conhecido como Gengis Khan, a besta gigante sobre rodas que desenvolvera a pedido do bárbaro mongol e apresentar um protótipo de um lança morteiros com projéteis explosivos e fechar um belo contrato com os chineses, o que mostra que Léo era um cara muito ocupado e requisitado. Mas, na estreita visão da igreja, os inteligentes eram considerados hereges, prevalecia sempre a unanimidade burra, chancelada pela igreja com o aval (?) de Deus. Conclusão, ele não pode apresentar nenhum de seus projetos aos portugueses que também se interessaram por um projeto de submarino desenvolvido pelo gênio italiano.
Aliás, esta última idéia foi rechaçada por ambos os reis que temiam viajar sob as águas e serem engolidos por gigantescos monstros, frutos da tamanha ignorancia que reinava na época Média.
Bem, se pelo ar não dá, vamos pelas águas, mas por cima delas, pois sim! As expedições marítimas começaram com o objetivo oficial de descobrir um novo caminho às Índias. Colombo descobriu a América do Norte e Portugal deu o troco com o astrônomo, Duarte Pacheco Pereira, em 1498 aportou aqui em nossas terras tupiniquim, com oito caravelas entre o Maranhão e o Pará. E na condição de guarda real de D. João II, cosmógrafo e navegador traçou o caminho para o descobrimento do Brasil, coisa que aconteceu dois mais tarde com a frota de Pedro Álvares Cabral. E os espanhóis ficairam a chupaire o dedo o pá!
Roquemberg Duarte – Jornalista e Escritor
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